Tratamento da Obesidade

A utilização de medicamentos como terapia auxiliar para perda de peso se faz necessária em alguns casos. Pacientes que não obtêm bons resultados somente com reeducação alimentar e exercícios, que apresentam dificuldades na perda do excesso de peso ou necessitam de um emagrecimento rápido (pré-operatório por exemplo), podem recorrer ao auxílio dos medicamentos.

No tratamento clínico, os medicamentos representam uma importante ajuda no emagrecimento. Porém sua utilização deve ser avaliada por um Endocrinologista, a fim de se determinar o tipo de medicamento, dosagens e período de administração.

Atualmente, os medicamentos mais utilizados são aqueles que causam efeito anorexígeno, ou seja, promovem perda de apetite ou saciedade precoce, e os medicamentos que inibem ou limitam a absorção das gorduras provenientes da dieta.

O resultado eficaz depende do acompanhamento contínuo e sob orientação do médico responsável, acompanhado de uma reeducação alimentar e mudança no estilo de vida.

Ao optar por este recurso, se faz necessária uma avaliação do Endocrinologista quanto aos efeitos colaterais que determinado medicamento pode provocar. Os efeitos podem ser leves, desde insônia, irritabilidade e enjoos como os efeitos podem ser mais severos como taquicardia, aumento da pressão arterial e depressão.

Não consuma medicamentos sem a prescrição de um especialista, os riscos à saúde são elevados e a eficácia do tratamento pode ser comprometida.

Um dos caminhos para o tratamento clínico da obesidade ou sobrepeso são as dietas. Na verdade, termos como: “dietas” e “regimes” não levam a um resultado real. Dieta tem data certa para começar e data certa para terminar, isso quando não termina após 24 ou 48 horas.

Ninguém vive de dieta a vida toda, nem passa fome quando tem o que comer. Um período de restrição alimentar seguido de um período de consumo exagerado, mais prejudica a perda de peso do que auxilia.

Não há sentido em seguir um padrão alimentar que não tenha um bom fundamento, somente para ficar mais leve na balança. Lembrando que, estar leve não significa estar magro.

Na questão alimentar é fundamental conhecer o paciente de forma individualizada, ajustando sua alimentação não somente de acordo com suas necessidades nutricionais, mas também de acordo com sua rotina, preferência alimentar e possibilidade econômica.

É importante compreender que um padrão alimentar que funciona para um paciente não funcionará para todos. Existem pacientes que se adaptam muito bem a alimentação com restrição aos carboidratos enquanto outros se adaptam melhor a alimentação com restrição as gorduras, por exemplo.

De uma forma geral, o que é fundamental em qualquer linha de alimentação, é o consumo de alimentos menos processados, o menor consumo de industrializados e maior consumo de “comida de verdade”. Estamos deixando de consumir alimentos para consumir produtos, e esse fator está intimamente ligado aos níveis de obesidade que vemos hoje em dia.

Agora se a alimentação será a base de carboidratos ou a base de gorduras, é uma adequação que deve ser feita em conjunto, paciente e nutricionista. De uma forma geral, em relação às dietas, a melhor dieta é aquela que serve para você.

Reconhecido como terapia auxiliar para preparo pré-operatório, trata-se de um procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia para o implante de prótese de silicone, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade. O balão é preenchido entre 500 a 700 ml de líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido na coloração esverdeada pela urina. O paciente fica com o balão por um período médio de seis meses. É indicada para pacientes com sobrepeso, obesidade grau I ou no preparo pré-operatório de pacientes com superobesidade (IMC acima de 50 kg/m²) que precisam perder peso antes da cirurgia.